DIOCESE DE CAMETÁ

Aconteceu  de 11 a 14 de fevereiro, a Semana Diocesana de Formação -SDF, no Centro de Formação São Vicente de Paulo em Cametá com representantes de toda a diocese, entre eles religiosos e religiosas, leigos e lideranças das pastorais diocesana, sacerdotes e o Bispo Dom Ivanildo Oliveira.

Com o tema Comunidades Cristãs (CCs) perspectivas e novos desafios no tempo presente, a Igreja Local renovou seu compromisso de Igreja que quer caminhar na história ao lado das pessoas que buscam fazer uma caminhada humana e de fé, sentindo suas angústias e esperanças.

Dom Ivanildo na abertura falou da importância da formação permanente. A formação continuada é o meio pela qual a Igreja potencializa suas lideranças, tornando-as sempre mais capacitadas para o amadurecimento espiritual, intelectual e o diálogo com a cultura. O Bispo recordou que os sujeitos da formação são os padres, religiosos, diáconos e leigos; neste sentido, com responsabilidade forma seus missionários e missionárias, acolhe, prepara e envia para o ministério eclesial.

O Assessor do tema Central foi o Pe. José Boeing, SDV, Religioso da Congregação dos Missionários do Verbo Divino. Doutor em Direito pela Universidade Nacional Mar del Plata – UNMDP na Argentina (2014-2019) e Mestre em Direito pela Escola Superior Dom Helder Câmara- ESDHC de Belo Horizonte (2014-2015), desenvolve sua missão há 34 anos na Amazônia.

Recordou que no Contexto atual as Comunidades se deparam aos novos desafios pastorais da Igreja, nos quais destacou as mudanças geográficas, impactos na cultura, a pastoral urbana que exige o aprofundamento da reflexão, bíblica, teológica, pastoral.

No dia 12/02 (quarta-feira), o assessor continuou sua exposição, reforçando que precisamos pensar estratégias que consigam dialogar novos métodos e perspectivas pastorais, considerando seus sujeitos, os caminhos possíveis de uma pastoral à luz de situações concretas. Faz-se necessário fazer memória (recordou os 50 anos dos Intereclesiais e os 60 anos da Campanha da Fraternidade) e trazer para nós hoje, aquilo que foi sinal na história, assim se constrói Planos setoriais para mitigação e adaptação.

Organizadas em Comunidades Cristãs somos modelos de Igreja em saída, porque está no meio do povo, caminha junto, faz opção preferencial pelos pobres, lutando por justiça, acolhe a todos, testemunha Jesus Cristo, pensa coletivamente, defende a vida, e está atenta as exigências do tempo presente.

Não existe crescimento sem formação. Não existe evangelização sem conhecer as diferentes culturas e realidades. Não existe autêntica vivência de fé sem profunda experiência de Deus. Não existe Igreja Sinodal sem comunhão e participação. A Paróquia é a comunidade de comunidades, educa para a fé, educa para a cidadania, faz os movimentos das pessoas, Deus que caminha com seu povo. No final do segundo dia encontro, fez-se memória aos 20 anos de assassinato da Irmã Dorothy Stang.

No terceiro dia (13/02), também houve reflexão acerca da Pastoral Urbana, conduzida pelo Pe. Joaquim Bonifácio Machado, Padre Diocesano da Igreja Local, que abordou a temática a partir de textos bíblicos e documentos da Igreja como DOC 100, 109 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, Documento de Aparecida e outros do Magistério da Igreja.

A tarefa dos discípulos e missionários é a de criar espaços e condições para que o Reino de Deus aconteça na História dos homens. A sociedade justa e solidária, na realidade amazônica que respeita e defende a nossa Casa Comum se faz com pessoas preparadas e fortalecida pelos pilares Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária.

Antes de ser anunciador, o missionário é chamado a ser ouvinte atento da Palavra de Deus e a colocar-se na condição de discípulo do Evangelho. O peregrino de esperança assume caminho espiritual que além de se dirigir à lugar sagrado, implica atitude de renovação interior comprometida com a transformação pessoal e social. 

Na oportunidade também a Assistente Social Vera Lúcia Teles, falou sobre a Comissão Diocesana para proteção de menores e pessoas em situação de vulnerabilidade, apresentando a Comissão diocesana e o trabalho que vem sendo desenvolvido em parceria com a Rede de proteção no município de Cametá.

No último dia, depois dos momentos formativos, o Coordenador Diocesano de Pastoral, Pe. Sandro Giovani Santos, informou que conforme o Diretório Pastoral art.144 a Assembleia do Povo de Deus deve ser realizada com ampla representação das paróquias, tendo um caráter celebrativo, avaliativo e de planejamento. É nesta Assembleia que se define as prioridades do Plano diocesano de pastoral. Dito isto, a Assembleia do Povo de Deus é uma atividade que definirá as diretrizes e objetivos pastorais, inspiradas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora- CNBB, para os próximos quatro anos em nossa Diocese de Cametá.

A Assembleia do Povo de Deus acontecerá nos dias 06, 07 e 08 de novembro de 2025, no Centro de Formação Diocesano São Vicente de Paulo – Cametá. Após reflexões e discussões a assembleia definiu o tema “Comunhão, Participação e Missão: Alargando as tendas num caminho Sinodal” e o lema: “Eis que faço nova todas as coisas” (Ap 21,5).

Todos os dias houve missas, oração do terço e Liturgia das horas.

Pascom Diocesana