Diocese de Cametá

A Covid-19 é uma tragédia no Brasil e agora a situação está muito pior do que em 2020, por conta da nova variante do coronavírus P1, surgida em Manaus e espalhada para todo o Brasil. Essa variante P1, contamina um número maior de pessoas, e mais rapidamente; ela tem maior capacidade de se multiplicar, e com isso causa doenças graves em pessoas mais jovens. Ela consegue escapar da “imunidade”, e por isso pessoas que já tiveram a doença podem se contaminar novamente. A variante é altamente letal, ou seja, mata mais. É este o cenário que estamos vendo ao nosso redor nos dias de hoje, por isso protejam-se! Usem máscara reforçada quando saírem de casa, higienizem as mãos com sabão e/ou álcool em gel. Fiquem em casa, se puderem. Vacina, sim! Vacilo, não!

Como Igreja, alimentados pela força do Evangelho de Jesus Cristo, devemos ser os primeiros defensores da vida, e sem abalar a nossa fé, perseverar na esperança, mesmo em meio às tempestades. Deixemos um espaço privilegiado para Cristo no barco da vida, Nele encontramos bonança, calmaria e esperança!

No Estado do Pará, em certas localidades, a bandeira vermelha fora substituída pela preta. Para nós, o mais importante não são bandeiras, pois existe manipulação de dados para tal definição. As vidas dos nossos entes queridos que estão nos deixando, IMPORTAM! Neste contexto, a Diocese de Cametá, na pessoa de seu legítimo representante, Dom José Altevir, apresenta orientações com o intuito de que não sejamos cúmplices da proliferação do vírus, mas cuidadores da vida.

Seguem as orientações para as Comunidades Cristãs (C.C’s) que formam nossas 20 Paróquias:

 

1. Seja respeitado o limite máximo de pessoas estabelecido pelos decretos das autoridades municipais. Onde não houver regulamentações próprias, é importante dialogar com as autoridades competentes;

2. Sejam oferecidas, na medida do possível, maior número de celebrações, para que se tenham mais opções de horários de Missas;

3. As Igrejas devem disponibilizar para os fiéis álcool em gel ou álcool líquido 70% ou outro produto desinfetante (água e sabão), para uso obrigatório na entrada e saída da Igreja;

4. Caso necessário, deve-se disponibilizar inscrições e agendamentos para a participação nas celebrações através das secretarias paroquiais, preferencialmente por telefone ou por e-mail, ou ainda conforme a decisão do pároco;

5. Seja feita aferição da temperatura corporal, com termômetro eletrônico à distância dos fiéis. Se detectada temperatura superior a 37 graus, a entrada da pessoa não será autorizada, sendo orientada a procurar uma unidade de saúde para atendimento médico;

6. Na Igreja e demais dependências da paróquia/comunidade, é obrigatório o uso de máscara para todos, incluindo o celebrante, que só deve ser retirada no momento da Sagrada Comunhão;

7. Celebrantes e ministros da Sagrada Comunhão devem higienizar as mãos, antes e depois da distribuição da Eucaristia;

8. O presidente da celebração deve motivar os fiéis a dizer bem forte “Amém”, quando do altar mostrar a Hóstia e dizer: o Corpo de Cristo. A distribuição da Eucaristia deve ser em silêncio. Os fiéis estão sem máscara nesse momento, o que pode levar gotículas de saliva nas hóstias;

9. Sempre que possível, manter todos os ambientes com portas e janelas abertas, para que fiquem bem arejados;

10. Os bancos e cadeiras devem ser marcados para manter o distanciamento social;

11. A Igreja deve ser higienizada entre as celebrações. Os ambientes e bancos devem ser desinfetados com água sanitária ou álcool líquido 70%;

12. A Eucaristia deve ser recebida pelos fiéis nas mãos. E estes devem comungar na frente do sacerdote ou ministro. Continuam suspensas distribuição da Eucaristia diretamente na boca ou nas duas espécies;

13. Recomenda-se que todos os que pertencem ao grupo de risco, permaneçam em casa e acompanhem as celebrações pelos meios de comunicação;

14. Duração da celebração: Não deve passar de uma hora de tempo. Quem preside deve encurtar a homilia, não ultrapassando 15 minutos; os grupos de cantos devem diminuir os números de estrofes dos cânticos; aumentar o número de ministros da Santa Eucaristia, para agilizar o momento da Comunhão Eucarística;

15. Peço encarecidamente que sejam desvinculadas Adoração e Novenas da Santa Missa. Para diminuir o tempo das pessoas reunidas no mesmo ambiente;

16. Não utilizar folhetos, muito menos reaproveitá-los, nas celebrações posteriores. Os folhetos poderão ser distribuídos na saída para as famílias levarem para suas casas;

17. Evitar o compartilhamento de microfones. Caso não seja possível, higienizar de uma pessoa para outra na utilização do mesmo;

18. Continua suspenso o uso de incenso nas celebrações;

19. Que cada liderança motive as famílias a fortalecerem a Igreja Doméstica, utilizando todo material litúrgico fornecido, como Novenas, Liturgia Diária, Carta Apostólica Patris Corde (sobre São José – Com Coração de Pai), a oração do terço em família, a leitura da Palavra de Deus.

 

Que todas as Comunidades, também as do interior, levem a sério as orientações dos Decretos de seus municípios.

Nos munícipios que por ventura entrarem em lockdown, nossas Paróquias devem respeitar e colaborar com o que for decretado pelas autoridades competentes. E nas cidades e Vilas que se torne agravante e ameaçador o avanço da Covid-19, o Pároco em comunhão com o bispo, tem autorização de designar a suspensão das celebrações e atividades presenciais.

 

DECRETO MUNICIPAL Nº 211/2021 de 16 DE MARÇO DE 2021. Entra em vigor hoje, 17/03, a partir das 21h o Decreto supracitado, determinando LOCKDOWN NO MUNICÍPIO DE CAMETÁ.

Estabelece normas dispondo sobre a suspensão total de atividades não essenciais (lockdown), no âmbito do Município de Cametá, visando a contenção do avanço descontrolado da pandemia da COVID-19. Missas e atividades presenciais estão suspensas, em todas as comunidades neste município.

 
 

Cametá, 17 de março de 2021.

Dom José Altevir da Silva, CSSp

Bispo Diocesano de Cametá